Esports: Fisioterapeuta Vitor Kenji sobre lesões: “a dor faz parte da rotina deles”

fisioterapia esports

Um dos departamentos que ganhou mais força nos últimos tempos dentro do cenário de esports foi a fisioterapia. Área muito importante nos esportes tradicionais, responsável por prevenir e tratar lesões, passou a ser mais valorizada dentro dos esportes eletrônicos recentemente.

Para entender mais sobre o assunto, o Baserush conversou com o fisioterapeuta Vitor Kenji, que exerce a função nas organizações LOUD e Havan Liberty.

A fisioterapia nos Esports deu um passo muito importante de 2017 para 2021, pois em 2017, apenas uma equipe tinha fisioterapeuta, hoje em 2021, 9 equipes possuem fisioterapeuta no staff. E acredito que esse número irá aumentar mais ainda, pois os times e os próprios jogadores estão dando importância para a fisioterapia“, afirmou Kenji ao comentar sobre a evolução da área nos últimos anos.

Com a pandemia do COVID-19, os campeonatos passaram a ser disputados online, e algumas equipes passaram a realizar treinos de forma remota, e alguns procedimentos foram dificultados; não foi diferente com a fisioterapia.

Até antes da pandemia, o Crefito (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), não permitia que o fisioterapeuta realizasse atendimento por telefone ou por vídeo, porém, na pandemia, o Crefito autorizou os fisioterapeutas a atenderem por esses meios. Com isso, facilitou os atendimentos. Mas nada substitui um atendimento presencial“, comentou o fisioterapeuta.

Vitor Kenji, no canto inferior esquerdo, no media day da LOUD (Reprodução: YouTube/LOUD)

O cenário de esports mobile também cresceu nos últimos anos, e o crescimento da fisioterapia tem uma relação com esse cenário. Algumas organizações, ao investir em modalidades como o Free Fire, contrataram profissionais da área para prevenir lesões pelo esforço repetitivo no polegar, por exemplo.

Os times começaram a se importar mais com a fisioterapia mesmo antes da ascensão dos jogos mobile, mas essas modalidades ajudaram a promover ainda mais a fisioterapia, já que as lesões do jogador que joga no PC, pode ser diferente do jogador mobile. Um exemplo é que jogadores que jogam no PC podem desenvolver tendinopatia no dedo indicador e médio, já o jogador mobile, pode desenvolver uma tendinopatia no polegar“, pontuou Kenji.

Na minha opinião, não existe modalidade que dá mais trabalho, todas as modalidades estão sujeitos a desenvolverem a alguma lesão por esforço repetitivo, pois o atleta de esports, é um jogador de alto desempenho, ou seja, eles estão sempre no seu limite, fazendo movimentos repetitivos intensos por longos períodos, por isso,  a dor, as vezes, faz parte da rotina deles. E o papel da fisioterapia é dificultar ao máximo que as lesões e as dores aconteçam, além de fazer com que o atleta fique apto a jogar o mais rápido possível”, acrescentou Kenji, ao comparar os procedimentos realizados em jogadores mobile com os de jogadores que utilizam o computador.

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