“Foi um sentimento de vingança, nunca jogamos desse jeito antes”, Zander, da M80, após vitória

Zander, jogador da M80

Após as duas vitórias da M80 no Ascension garantirem a vaga para a final, o Baserush entrevistou Zander, canadense e controlador do time.

Em entrevista ele comentou sobre a preparação do time, o sentimento de vitória e em garantir a vaga para a final, e sobre as provocações e a “vingança” contra o time da The Union, que venceu a M80 na primeira série do campeonato, ainda na fase de grupos.

Equipe da M80 na sala de treino

Baserush: Qual foi a sensação de ganhar contra um time brasileiro e contra a torcida brasileira?

Zander: É um sentimento bom, mas, não tenho muito o que dizer sobre a torcida brasileira. Amamos e respeitamos demais a torcida, eles são bem apaixonados pelos times que torcem e pelo país, foi mais contra o time. Nós realmente queríamos vencer eles.

Baserush: Nas duas partidas que vocês jogaram hoje, o público ficou contra vocês as duas vezes. Primeiramente apoiando o time da américa latina e agora, obviamente, apoiando o time brasileiro, como você acha que isso afeta você e seu time? É um ponto positivo não ter torcida e não sofrer pressão ou é uma coisa negativa o barulho que eles fazem apoiando os outros times?

Zander: Existem coisas boas e ruins nesse caso. É claro, queríamos que o público ficasse quieto, queríamos calar a boca deles e esse foi basicamente o nosso mental para a partida. Queríamos silenciá-los. Se o público estivesse comemorando com a gente seria diferente, claro. Mas sabíamos que o público estaria contra a gente.

B: Com esse campeonato passando muito rápido, somente seis times e poucas partidas em uma semana de evento, como foi a preparação para a vinda de vocês? A necessidade de uma viagem para cá e mudança de treinos.

Z: É muito difícil em um campeonato assim, nós não temos muito tempo. Quando nos preparamos, nossos analistas e nosso técnico perdem muitas horas de sono para nos preparar bem. Na América do Norte nós temos uma semana de preparação para os jogos, para as partidas agora no Brasil nós não temos nem um dia inteiro para nos prepararmos e discutirmos estratégias. É muito mais difícil mas não importa quando se tem analistas e técnicos que trabalham duro para tudo dar certo.

B: Na sua primeira partida do Ascension, a M80 perdeu de 2-0 para a The Union, time que vocês ganharam de 2-0 agora, você acha que essa derrota no primeiro dia ajudou a corrigir problemas e erros para vencerem agora?

Z: 100%. Chegamos no campeonato sem saber como era jogar em LAN. O áudio estava ruim no começo, não conseguíamos ouvir algumas coisas e eles estavam abusando disso. Eles jogaram muito bem também nessa primeira série. Quando consertaram o problema do áudio passamos a jogar melhor. O trash talk deles (The Union) pós partida também nos motivava bastante, queriamos ganhar tanto deles que eu nunca vi jogarmos do jeito que jogamos hoje.

B: Eu notei ao final da partida as provocações calorosas sua e dos seus companheiros no palco com a vitória

Z:  Foi um sentimento de vingança, nunca jogamos desse jeito antes, também não costumamos dar trash talk, como é só online na nossa região, não tem essas provocações do face-to-face.

B: Então, para você, foi bem diferente jogar nos estúdios da Riot Games e agora no Pavilhão do Pacaembu?

Z: Com certeza, jogar com presença de um público é completamente diferente, eu nunca tinha jogado antes assim, eu não sabia como eu iria reagir. Eu me senti bem nervoso na primeira partida, o que é estranho pra mim pois eu não costumo ficar nervoso em partidas. Mas quando fomos jogar agora contra a The Union o nervosismo bateu novamente e no fundo me ajudou a me concentrar e jogar mas é bem diferente.

B: Agora contra a The Guard, outro time que vocês perderam uma série essa semana, você acha que também facilitará a preparação para a final, com menos de 24h entre partidas. Se sente preparado para vencer a final?

Z: Claro que estou, Nós jogamos muitas vezes contra eles, nós sabemos algumas das estratégias deles. É mais difícil contra um time que nunca jogamos antes, como a primeira vez que jogamos contra a The Union. Mas contra a The Guard já jogamos muitas partidas, isso facilita a preparação contra eles.

B: Para finalizar, você tem alguma mensagem ou recado para os fãs que te assistiram nessas séries?

Z: Eu amo vocês, eu sei que vocês não estavam torcendo para mim nessas partidas, mas, mesmo assim eu respeito muito vocês e a paixão que vocês tem torcendo para seus times. Eu amei a forma que vocês torcem e eu tentarei jogar bem na final para roubar alguns torcedores para nos apoiar.

A The Union joga contra a The Guard, ambos representantes da América do Norte, e o time vencedor irá jogar a franquia do VCT Americas em 2024.

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