MSI: “Eu vou me adaptar pra ser o melhor jogador possível”, diz Grevthar em entrevista exclusiva

grevthar, mid-laner da RED Canids

A RED Canids abriu o MSI 2022 com um elástico 13-0 contra a PSG Talon, da PCS, e Grevthar nos deu uma entrevista exclusiva diretamente da Coreia do Sul. Após o fim da partida, conseguimos uma entrevista com o jogador da rota do meio e conversamos não só sobre a partida contra a PSG, como treinos e escolhas de campeões.

A entrevista na íntegra você consegue assistir abaixo no nosso canal do Youtube, e também transcrevemos um resumo das respostas do jogador.

Comecei perguntando ao Grevthar se ele esperava o jogo clean desde o começo na estreia do MSI.

Ele respondeu: “Não esperávamos um jogo tão one-sided como foi, não é algo que você espera. Principalmente nos dias atuais porque as equipes estão cada vez mais competitivas e cada vez mais estudando formas de voltar no jogo e responder ações do adversário. Só que, a gente sentiu eles apáticos. Esperávamos um bom jogo também, se você não tem confiança no seu trabalho, não tem confiança [..], você não vai performar um bom jogo. Você tem que entrar não importando o adversário, eu esteja jogando contra a RNG, SKT, contra quem quer que seja, eu vou estar pensando ‘Eu vou ganhar desses caras’, mesmo que seja difícil.”

Ele complementou falando também que não devem desmerecer o time por conta do resultado, visto que ainda há o jogo de volta.

Perguntamos também sobre uma grande comparação negativa do Grev no CBLOL com outros mid-laners em relação ao farm, e com a grande performance dele no jogo de estreia, questionamos se os treinos e as filas ranqueadas Coreanas teriam o ajudado nesse quesito.

O mid-laner respondeu: “Claro, um jogador vai sempre ter algo para melhorar, eu sei que é algo que a galera sempre pegava no meu pé e ainda pega, mas era algo que eu tinha que melhorar. Tinha jogos no CBLOL que eu givava muito para meus companheiros se saírem bem. Nesse jogo, como eu senti que o jogo era focado pra mim, eu sabia que tinha que acumular o máximo de recursos possível e manter uma boa fase de rotas, então, eu não sou esse jogador e vou estar evoluindo cada vez mais nesse aspecto, sabe, eu vou me adaptar pra ser o melhor jogador possível para jogar com qualquer boneco que o Coelho botar na minha mão. Zoe não era um dos meus melhores bonecos, mas desde que eu pisei aqui eu tô focando muito nela porque eu sinto que ela tá muito forte no meta.”

Comentei com ele que, assim como ele disse anteriormente, a Zoe foi um pouco de um pick surpresa visto que ele não havia jogado no CBLOL com a campeã. Perguntamos se poderíamos esperar outras cartas na manga como a Zoe.

Ele respondeu: “Algo que eu tenho muito orgulho dessa line-up é que todos estão dispostos a mudar para o que é proposto, e um dos melhores exemplos que temos isso foi no draft de hoje no qual o Titan, com todo mundo falando de pick X e ele falou ‘Pô, Jhin é muito bom aqui’, e realmente se mostrou dentro de jogo, e é um boneco que não é característico do Titan, que ele não vai estar jogando pra ele, ele vai estar jogando para os outros. E é algo que é muito bom de ver na line, todo mundo é maduro o suficiente para não precisar ser o protagonista, e saber que tem outros que podem fazer a boa e você pode confiar.”

Perguntamos também a ele sobre se houve dificuldades do time encontrar treinos na Coreia, visto que o Brasil internacionalmente é considerado uma região fraca.

Ele, enfatizando muito bem o trabalho do treinador Coelho, disse que: “Não vou falar especificamente, mas a gente treinou sim com regiões majors, que ajudaram bastante, eu fiquei muito feliz por isso. Ano passado quando fomos ao Worlds o Coelho tinha muitos contatos e a gente teve muitas scrims boas no Mundial, então o treino não foi um problema lá e não tá sendo um problema aqui, pela rede de contatos que a gente teve. E também é muito bom a gente estar podendo jogar contra essa elite, jogar contra os melhores, sempre aprimorando. É o mais legal da carreira jogar contra gente que é muito insana porque você fica ‘Pô, eu tenho que bater nesse cara, eu tenho que melhorar pra ser tão bom ou melhor que esse cara’, então eu fico feliz que é a nossa segunda vez aqui, e estamos ficando mais maduro nesse quesito internacional.”

Finalizei a entrevista perguntando sobre se essa experiência internacional prévia no Mundial de 2021 facilitou e diminuiu a pressão e o nervosismo em jogar novamente em um palco internacional.

Ele surpreendeu respondendo que não: “Nesse quesito, não. Eu acho que em muitos aspectos muda, mas nesse em específico não. Todas as vezes que eu sento na cadeira e jogo, eu olho para o lado e vejo o Titan, Jojo, Aegis, Guigo, e eu penso que só estou com meus amigos, jogando só um jogo que eu amo de paixão. Parece que eu volto pra minha casa e estou me divertindo de novo. Eu só não quero perder porque se eu perder eu tenho que voltar, não poderíamos continuar jogando com os melhores.”

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